24 de mai. de 2012

Espeta a tua liberdade num pau
Escorre-lhe o sangue para uma malguinha
Dá-a de beber a um gato vadio
E vai dormir meu filho

Que à noite todos os gatos são pardos
E não importa o que isso significa
Na hora de te ires deitar.

Mas ai meus ais!
hoje eu queria tanto sair
e esmagar todos os grilos
que no campo escuro cantam trovas à minha solidão
Apontar o carro a um poste e desviar-me no último segundo
Ser o eco de alguém que grita
Do outro lado do monte
Enlaçar-me na linha de um horizonte

adormecer
e embrenhar-me para sempre
na bruma densa
de um sonho estrangeiro

Um comentário:

Sr. Mal disse...

Assim sim. Gosto bastante deste texto!