22 de jul. de 2011

Beerfest

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Só agora reparei que, por trejeitos de uma infeliz Providência que não se quis relatada, ainda não disse coisas sobre o Wine Festival 2010!

Foi uma festa bem catita. As mesas estavam muito bem arranjadas… no início da festa. Depois foram-se entortando, levando-me a crer que o jogo de pés na genitália foi bastante agressivo. Não há relato de testículos vomitados por patadas mais vigorosas, pelo que se depreende que os estiletes mais possantes tenham atingido apenas o troço das mesas...


Estranho é o facto de não haver baptizados para breve. Afinal de contas, já passou meio ano! Mas nada parece ainda apontar para que as protuberâncias estomacais femininas se devam a mais do que um excesso de basulaque ou de polvo à lagareiro…

Mas o que lá vai, lá vai, e não vale a pena a gente estar para aqui a remexer no passado, até por vem aí outro carrego de elevada craveira: o Beerfest!

Ora, o Beerfest é uma festa muito conveniente e catita. No ano passado, estava lá uma rapariga bem jeitosa. Como andava ‘à carona’, reparei que ela tinha automóvel e uma traseira que qualquer homem gostaria de mandar para o seguro…

Fui ter com ela à beira da piscina e o diálogo foi mais ou menos este:

- Olá gostosa, posso ir-te… buscar um drink?

- Não, obrigada.

- E um sorvete?

- Também não.

- E uma sandes de leitão?

- Já disse que não quero comer nada. – disse ela a fazer-se difícil.

- Mas olha que isso é uma desfeita para o porquinho! Então andou-se a engordar o bichinho e ele ali à roda no espeto a levar com uma chibata de loureiro e tu… nem… nada?

- Não quero comer, não quero beber, só quero estar aqui sozinha a apanhar sol. Posso?

- Poder até podias, mas a Comissão Fabriqueira disse-me que no Beerfest ninguém pode ficar a seco…

E, nisto, encostei-lhe um pé a uma orelha e empurrei-a para a água. Bah! Eu ali cheio de salamaleques e boas intenções e ela a fazer-se de mula! Onde é que já se viu? Este ano, não vou tolerar este tipo de merdas! Estais avisados!


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19 de jul. de 2011

Filhotes

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Nasceram-me filhos
E eu fugi voando pelos corredores daquela maternidade sem berçários
Como se levasse ao colo uma verdade com doença
Que se impusesse ceifar.

Mas fui travado por homens de branco
E traído pela violência do chão que se fechou contra as paredes.
Não são meus! – Gritei vezes sem conta. Não são meus!
Não podem ser meus! São perfeitos.

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Eu sei

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Eu sei,
A minha escrita é desatarraxada
Como aqueles parafusos que se tiram da carne
Na convalescença de uma enfermidade…

Eu sei que os meus
Poemas deixam um rasto
De sangue,
Como tudo o que nasce.

Eu sei que às vezes
Pareço aqueles tubos de cola
Que nunca param
De deitar.

Eu sei…

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O Enforcado

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- Estou sem pé! – disse o enforcado.
- Descansa em paz que não morres afogado...

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18 de jul. de 2011

Natal

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- José
- Sim, Maria?!
- Rebentaram-se-me as águas...

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