9 de ago. de 2009

Marionetas ao serviço de Sua Majestade A Podridão

Cenário:Trincheiras almofadadas no sótão do inconsciente

Bombardeiam-se constante e ininterruptamente com gracejos avassaladores da condição humana. O denegrir da imagem do outro é usado para realçar a sua própria miséria não observada.
Simulações e dissimulações seguem-se a um ritmo cortante e destrutivo.
Ninguém sabe o que é mas sabendo-o ficam à margem de si mesmos. Todos procuram um alguém e pensam possui-lo como coisa sua. Um alguém objecto. O ciúme está patente nesta dança de acasalamento e a inveja é a sua fiel companheira.
Alguns julgam-se mais do que são e passam a sê-lo na realidade.... outros porém ficam na sombra a descolorar.
Sem opinião erguem-se os que afincadamente seguem os cabecilhas encapuçados aproximando-se do abismo do ridículo...
As coisas que o espectador sente.
Mutilam-se pensamentos, aspirações e desabafos sem a menor compaixão. Daí a necessidade de tudo o resto ser estranho.
Julgamo-nos detentores de verdades que pobres chacais farejam na parte do alheio de nós. Não podemos, não devemos confiar. Duvidar e questionar, as cordas que sustentam as Marionetas.

2 comentários:

Sr. Mal disse...

Deixe que lhe abra a porta... e considere-se bem-vinda ao Cabaret des Morts. Prove um dos nossos petiscos canibais e beba um cianeto de bons anos connosco... Et Voilá! Considere-se na equipa dos que escrevem pelos mortos, essa maioria silenciosa que respira pelas esteiras do nosso palato e que muito poderia dizer se ainda tivesse vida e carne na boca. Cante connosco uma cantiga pelos mortos sem voz...
beijo

Sr. Mal

Eduardo Francisco Pinto da Silva disse...

A equipa do Cabaret acabou de adquirir um excelente ponta de lança!! Tenho a certeza que vais enriquecer mais ainda este blogue!! Comentarei sempre que o espírito me permita, nas pausas do esforço que vou fazendo para não me tornar também eu numa marioneta... beijo!