os pássaros
da minha terra têm a liberdade rasgada,
tal como
este povo, que os fita como fátuas velas.são agora estátuas de memórias dissolvidas em nada,
levadas pelos mares onde se danaram caravelas.
é verdade! permanecem conservados os versos ainda,
que esta terra elevaram corrompendo clássicas epopeias.
triste sina cantar a pátria, o rei decrépito e a sua vinda,
mas a isso condena a fome e a necessidade das plateias.
somos
talvez o mais miserável herói que a literatura conhece
pois,
mesmo apesar dos golpes, em nós a revolta não cresce.
pela
perfídia do orgulho necrófago, Lisboa está morta!
não a
cidade! essa pouco importa! (pois que viva, se do estrangeiro obtiver concordância!)
o que morreu foi a esperança,
de lonjura em relação à substância.
Nenhum comentário:
Postar um comentário