Nasceu
anã minha estrela e sem galáxia
a quem
deva vassalagem ou compaixão,
mas ela
é fonte de alimento para buracos negros
que aniquilam
aquilo que sou ou seria
e
deixam somente uma máscara de alegria,
que
sempre coloco no rosto ao contrário
deslavado
de esperança pelo pó do medo.
Eu
sou a mentira com que me vou embalando,
eu
sou o segredo que esconde o meu crime
– fito
os meus olhos reflectidos no espelho
e
depois lanço-os à janela que pinta sempre de janeiro
o
mundo que engulo a custo
e que
parto com aquilo que me sobra:
palavras
vazias e lembranças de promessas sem país.
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