19 de nov. de 2012

Alice


Ainda que nas minhas palavras encontres conforto,
Nunca dormirás sob o édredon com que me cobre o horizonte
Quando olho para ele com emoção…

Podes achar-me em pistas,
Em restos de bebida,
Num vento mais intenso que bata de costas contra as tuas persianas…

Podes achar que me achas
E sempre isso é achar qualquer coisa…
Mas eu sou do submundo
E não creio que tu tenhas assim tanto a perder
Ou tanta força de vontade para fazer o caminho todo que eu fiz.

Mas, se o fizeres, deixo de ser quem sou
E ofereço-te um chá,
Alice.



Um comentário:

André Imaginário disse...

mais um belo momento poético! :)

abraço.