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Os sonhos voam através da janela,
O beiral chora um dia de chuva,
Limpo, claro, justo e belo.
A música atravessa o peito lancinante de alegria
Entretanto nada acontece, entre tudo que acontece.
O espaço torna-se amplo,
O tempo deixa de pesar no estômago.
Estar só deixa de significar o que quer que possa significar.
É só estar como sempre se está.
A felicidade parece tornar-se real,
E é tanto mais bela quanto mais blasfémia se torna cantá-la.
Entre a multidão das lamúrias -
Ecos de gente perdida,
que se trespassa sem se tocar
que se toca sem se sentir
que se olha sem se ver.
Há algo de muito belo por revelar
talvez, seja a única fé que me cumpre sentir.
Para me colar à imponderável, impossibilidade de existir.
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23 de set. de 2012
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Um comentário:
Gosto muito, amigo. Sou suspeito porque adoro estes domingos de chuva...
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