Espeta a tua liberdade num pau
Escorre-lhe o sangue para uma malguinha
Dá-a de beber a um gato vadio
E vai dormir meu filho
Que à noite todos os gatos são pardos
E não importa o que isso significa
Na hora de te ires deitar.
Mas ai meus ais!
hoje eu queria tanto sair
e esmagar todos os grilos
que no campo escuro cantam trovas à minha solidão
Apontar o carro a um poste e desviar-me no último segundo
Ser o eco de alguém que grita
Do outro lado do monte
Enlaçar-me na linha de um horizonte
adormecer
e embrenhar-me para
sempre
na bruma densa
de um sonho estrangeiro
24 de mai. de 2012
10 de mai. de 2012
Parachutes don't fall by themselves
À noite o relógio dá mais badaladas
No silêncio
Como os pássaros que gritam
À catástrofe
O céu rebola
No poço da morte
Onde gaivotas mortas
M’aninham quedas e glórias
É de tanto correr para trás
Que de vez em quando esbarro de costas
Contra a porta de Deus
Peço desculpa
Como um bêbado que a dançar
Pisa acidentalmente os pés de alguém importante
Que era suposto não estar ali
Mas danço e danço mal
Tomando de uma outra alegria
A certeza de não ser ainda um perecido
Vem depois a manhã
Com a sua língua de venenos e proposições
De obrigações
Roubando-me o sono e o sonho
Se me acordassem ao menos
Para tratar apenas de ervas aromáticas...
3 de mai. de 2012
Homem-cão
No teu último toque de seda
Era eu um cão à chuva
A dormir em sobressalto…
Ladrei ao chão,
Na loucura a um avião…
Quanto mais o universo de ti
Em mim crescia
Mais dono do mundo eu me sentia…
Mas eu vivia fora do teu mundo
(não sou desses cães pequenos de se trazer ao colo)
E tu passavas toda coquete
Fazendo-me, entre as grades,
Uma festa de perfume
Que me abanava as orelhas
E esse era o momento mais feliz do meu dia…
Vendo-te depois a entrar num carro
E a dizer-me adeus, com beijinhos de mão estendida…
A Deus!
Esse ‘mais que tudo’ que te rouba de mim
E me concede apenas o teu carinho
Quando uma costela dele te maltratou!
É demais para mim!
Sei que a minha morte te vai parecer um acidente
Quando eu fugir e me atravessar à frente de um carro...
Mas eu sou só um cão
E não deves chorar-me por mais que dois anos
Que são apenas os catorze que me faltavam
Para o 'A Deus' me levar para céu nenhum,
Para lugar nenhum...
2 de mai. de 2012
Forget about it
Forget about
What you were
And all the
dreams you stirred
All those
broken hearts
Enough glued
to never
Be recovered…
I am here
And you are
there
Everyone’s
trying to reach somewhere.
We’re both
young
And this
song
Never ever
cared
For fate at
all…
Forget
about it
Drink it
from my cup
I am fun
And ‘till the
dawn
Words won’t
cut you up.
Loose the
watch
Throw away
your phone
Laugh with
me
Dance with
me
Love me as
we’ve never owned
Our strings
at all…
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