Multiplicam-se:
os cães que tentam morder a própria cauda,
os salmões mortos na contracorrente,
as moscas contra os vidros.
e ao fundo ardem os montes
vítimas das pirómanas discussões
onde se nomeiam
os velhos heróis e os novos vilões
e fecham-se os dias
em círculos perfeitos,
sem portas entreabertas
que espreitem para dentro de nós, (clareiras),
onde pousem desiquilibrados corvos
num ramo de árvore que nos sustém.
e tudo parece minguar, mirrar, secar.
e tudo que mexe parece parar
no meio dos montes que ardem,
la atrás no meio de nós.
18 de out. de 2011
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Um comentário:
Muito bom. Estava a ver que não davas sinais de vida! E ainda bem que deste, amigo, ainda bem que deste...
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