Estar aqui e apenas aqui parece irrevogável...
O vento passa e afasta o corpo da penúria da morte,
um silêncio liquefeito personifica o medo,
embebido no balsamo purificador das paixões fugazes...
Da casa ao lado,
chega um som arrastado de duas mãos tocando piano.
Mão incansável . Espírito ausente.
Ouço ainda o comboio distante sem passageiros
e a chuva num retumbar continuo no telhado...
Tudo passa, o resto, o pouco, fica.
Esqueci o cheiro da terra.
Deixei de pertencer-lhe.
Ouço vozes que não a minha mas que nela se confundem,
em cada passo dado, antevejo a ausência de um encontro...
Deixo-me afagar pela descrença na fatídica razão.
26 de ago. de 2009
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