Olá, meus pequenitos!
Estávamos todos muito ansiosos por este momento, não é verdade? Em bom rigor, não me lembro de tanta ansiedade acumulada desde os tempos do Buéreré em que, tanto pais como filhos, sugavam episódios inteiros de desenhados animados, na esperança de ver as cuecas à Ana Malhoa, quando ela cantava (e dançava) no intervalo dos macacos.
Entretanto, a cachopa desapareceu dos ecrãs e a miudagem ganhou buço e borbulhas; os pais voltaram-se para as minis e a realidade reinventou-se ébria, com episódios mais frequentes de violência na doméstica.
Os anos foram passando. Atravessamos a risca do milénio sem um fim de mundo maior que o dos anos anteriores e, já depois do advento dos Morangos com Açúcar, o fenómeno da ansiedade ganhou nova erecção: - uma publicação de índole erótica prometia escarrapachar a garota nas suas páginas, tal como veio ao mundo!
Rrrrrraaauuu!...
Num breve acesso de loucura, os cachopos ousaram depor a Cláudia Vieira do seu colo de fantasias e ficaram batendo píveas com o coração posto na meninice… comeram depois sandes, beberam sucos de fruta e repetiram-se inventados nos mistérios da masturbação, sem complacência para os milhões de espermatozóides afogados na sanita ou misericórdia para com o gatinho que deus mata por cada punheta.
Depois de muita espera, a revista lá chegou às bancas. Com a língua de fora, como os cães quando vêm de correr atrás dos gatos, a malta deteve-se naquele tufão de pernas que tudo parece redemoinhar. Mas, uma vez feito o scan até cima, a desilusão instalou-se, quase degenerando em motim. As maminhas, outrora pequeninas e lindas, fazendo lembrar os pudins Boca Doce (que dão vontade de lamber só pela textura), apareciam agora desenformadas como duas sandes de paio em pão de mistura com molho de silicone barato à travesti…
Desde então, só as minhas memórias de Paredes de Coura são verdadeiramente capazes de vos causar alguma ansiedade e excitação. Vosoutros machos, porém, estais proibidos de sentir o que quer que seja nas belas palavras provindas desta boca com 30 dentes. Caso contrário, obrigar-me-ei a molestar-vos e, Dios Mio, pelas almas tombadas na ponte do tralho, não espereis Alfinetes!
Feito o prólogo, passemos então ao hardcore…
Depois dos atrasos do costume, lá saímos do Marco de Canaveses com a viatura mais carregada do que a furgoneta de um cigano com contrafacção. Vimos uns gatinhos mortos pelo caminho (bem sabeis porque morreram!). Para contrariar o abalo nas nossas almas gentis, decidimos trautear umas cantigas, qual família cristã a caminho de Fátima. Da playlist constavam hits tão beatos como “subtilezas porno-populares” ou “esta vida oioai”, dos Ex-Votos. Um regalo de alto coturno, portanto…
Uma vez chegados a Ponte de Lima, fomos almoçar. Bebemos chá de gengibre e ficamo-nos pela comida vegetariana. Nada de rojões ou cerveja. As sobremesas, de origem macrobiótica, eram bastante ricas em ácidos gordos e Ómega 3. Deitamos abaixo mais duas ou três rodadas de chá na esplanada e rumamos a Paredes de Coura.
Uma vez feito o reconhecimento do espaço, optamos por descarregar os sacos pelas traseiras (uma opção recorrente e sempre muito válida, em todos os aspectos)!
Ao passar pelos chuveiros, não pude deixar de dar uma espreitadela. Estava carregado com sacos e mochilas. Logo, o facto de me apresentar naquele estabelecimento com a língua de fora, não causou estranheza de maior… embora um certo esgar e a desproporcionada assimetria das minhas feições levassem a crer que ali se encontrava um tarado da pior espécie.
Suguei fundo aqueles aromas como se estivesse no cume de um monte. Veio-me ao nariz um cheiro pestilento a Distrom e champô, carne mal passada e doenças vaginais. Grávido de inconformismo, abanei a cabeça e esbafori-me aos céus: - “Oh, meu Deus! Tanta inocência varrida por mãos inábeis! Está aqui um trabalho muito mal feito…”
Virei costas e fui de cabeça baixa montar tendas para junto dos outros. “Isto não é bom presságio”, pensei. Felizmente estava enganado! Mas isso agora são outros quinhentos! Por isso não percam o próximo capítulo porque, como dizia a minha velha avozinha, “enquanto tu cagas, netinho, o outro bebe-te as mines…”
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Estávamos todos muito ansiosos por este momento, não é verdade? Em bom rigor, não me lembro de tanta ansiedade acumulada desde os tempos do Buéreré em que, tanto pais como filhos, sugavam episódios inteiros de desenhados animados, na esperança de ver as cuecas à Ana Malhoa, quando ela cantava (e dançava) no intervalo dos macacos.
Entretanto, a cachopa desapareceu dos ecrãs e a miudagem ganhou buço e borbulhas; os pais voltaram-se para as minis e a realidade reinventou-se ébria, com episódios mais frequentes de violência na doméstica.
Os anos foram passando. Atravessamos a risca do milénio sem um fim de mundo maior que o dos anos anteriores e, já depois do advento dos Morangos com Açúcar, o fenómeno da ansiedade ganhou nova erecção: - uma publicação de índole erótica prometia escarrapachar a garota nas suas páginas, tal como veio ao mundo!
Rrrrrraaauuu!...
Num breve acesso de loucura, os cachopos ousaram depor a Cláudia Vieira do seu colo de fantasias e ficaram batendo píveas com o coração posto na meninice… comeram depois sandes, beberam sucos de fruta e repetiram-se inventados nos mistérios da masturbação, sem complacência para os milhões de espermatozóides afogados na sanita ou misericórdia para com o gatinho que deus mata por cada punheta.
Depois de muita espera, a revista lá chegou às bancas. Com a língua de fora, como os cães quando vêm de correr atrás dos gatos, a malta deteve-se naquele tufão de pernas que tudo parece redemoinhar. Mas, uma vez feito o scan até cima, a desilusão instalou-se, quase degenerando em motim. As maminhas, outrora pequeninas e lindas, fazendo lembrar os pudins Boca Doce (que dão vontade de lamber só pela textura), apareciam agora desenformadas como duas sandes de paio em pão de mistura com molho de silicone barato à travesti…
Desde então, só as minhas memórias de Paredes de Coura são verdadeiramente capazes de vos causar alguma ansiedade e excitação. Vosoutros machos, porém, estais proibidos de sentir o que quer que seja nas belas palavras provindas desta boca com 30 dentes. Caso contrário, obrigar-me-ei a molestar-vos e, Dios Mio, pelas almas tombadas na ponte do tralho, não espereis Alfinetes!
Feito o prólogo, passemos então ao hardcore…
Depois dos atrasos do costume, lá saímos do Marco de Canaveses com a viatura mais carregada do que a furgoneta de um cigano com contrafacção. Vimos uns gatinhos mortos pelo caminho (bem sabeis porque morreram!). Para contrariar o abalo nas nossas almas gentis, decidimos trautear umas cantigas, qual família cristã a caminho de Fátima. Da playlist constavam hits tão beatos como “subtilezas porno-populares” ou “esta vida oioai”, dos Ex-Votos. Um regalo de alto coturno, portanto…
Uma vez chegados a Ponte de Lima, fomos almoçar. Bebemos chá de gengibre e ficamo-nos pela comida vegetariana. Nada de rojões ou cerveja. As sobremesas, de origem macrobiótica, eram bastante ricas em ácidos gordos e Ómega 3. Deitamos abaixo mais duas ou três rodadas de chá na esplanada e rumamos a Paredes de Coura.
Uma vez feito o reconhecimento do espaço, optamos por descarregar os sacos pelas traseiras (uma opção recorrente e sempre muito válida, em todos os aspectos)!
Ao passar pelos chuveiros, não pude deixar de dar uma espreitadela. Estava carregado com sacos e mochilas. Logo, o facto de me apresentar naquele estabelecimento com a língua de fora, não causou estranheza de maior… embora um certo esgar e a desproporcionada assimetria das minhas feições levassem a crer que ali se encontrava um tarado da pior espécie.
Suguei fundo aqueles aromas como se estivesse no cume de um monte. Veio-me ao nariz um cheiro pestilento a Distrom e champô, carne mal passada e doenças vaginais. Grávido de inconformismo, abanei a cabeça e esbafori-me aos céus: - “Oh, meu Deus! Tanta inocência varrida por mãos inábeis! Está aqui um trabalho muito mal feito…”
Virei costas e fui de cabeça baixa montar tendas para junto dos outros. “Isto não é bom presságio”, pensei. Felizmente estava enganado! Mas isso agora são outros quinhentos! Por isso não percam o próximo capítulo porque, como dizia a minha velha avozinha, “enquanto tu cagas, netinho, o outro bebe-te as mines…”
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Um comentário:
vamos enquanto vamos a tempo,porque ja a minha querida avó(outra avó que não uma avó ja aqui referida) dizia "aproveita porque ate aos 30 tens a cara que deus te deu,depois dos 30 tens apenas a que mereces...".ta na hora d começar a por creminho...
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