lá
vai mais um. por ventura eu.
a
caminhar imerso no mundo das ideias,
que
não pode ser traduzido por palavras porque.
os
pensamentos têm um universo próprio:
aí reside
a verdadeira poesia,
na
fenda entre a hermenêutica e a percepção.
as palavras
são música, musas, miragens,
aragens
que o tempo leva e depois faz regressar.
metamorfose.
não escondas o teu rosto da contradição.
o que
importa o justo sentido, sentado no seu trono,
se,
afinal, sentir é a condição?
como ele
que deambula: por ventura eu:
também
o sol se dirige em brasa para um oceano que o resfrie.
onde
está o meu Poente? talvez para trás tenha ficado,
naquela
esquina onde fumei o último cigarromântico que tinha.
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