as
luzes alastram-se pelas ruas e tocam as fachadas
das
casas que perdidas permanecem imóveis e frias.
um
homem voa desorientado num sonho com contornos autistas
vagueando
harmoniosamente ao som de uma insinuação de jazz.
o
murmúrio da noite sussurra ao ouvido dos medos e acorda-os,
as
árvores estremecem perante a insistência do vento que sopra
e o
homem acordado e pousado agora sobre um telhado velho,
tenta
escrever alguma coisa,
mas
sem ideia nenhuma,
vai
dando ao papel alguma coisa nenhuma.
as
palavras despem-se para irem dormir
e o
homem fica sozinho à espera
sob o
olhar sarcástico da lua.
a
poesia atrasou-se mais uma vez porque não tem maneiras.
ela
não é minha,
não
é tua
e muito menos das palavras
rotineiras.
avisa
quando
estiveres
perto…!
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