Não me peças para mostrar os meus
sentimentos. Eu sei só escrevê-los. E, ainda assim, só eu sei descodificá-los
porque os construí como imagens sobre imagens sobre outras imagens. Cartografias
para a falta de memória. Indicações de trânsito para a minha cidade interior
que faz esquina com o universo. Se alguma beleza existir naquilo que escrevo é
só mera coincidência e deveria ser tão chato como ouvir alguém a falar
ininterruptamente sobre as férias no estrangeiro.
14 de jan. de 2013
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