Volta e refaz esse gesto que põe à tua alma um nome, pois é
à beleza (e não à inteligência) a quem o poeta mais deve
Nos livros onde ele mesmo aponta os seus calotes…
Volta
Para que sobre uma cópia do sublime eu possa rabiscar à
vontade
Uma ode triunfal…
Sobre os cigarros gastos em vão,
Sobre a cerveja que já não mata a sede,
Sobre as lágrimas que eu gostaria de perder se, num acaso, sob
as cinzas do cinismo
Fosforescesse ainda alguma luz de humanidade por alguém…
É sobre a dor de sermos tão diferentes,
De ver em ti só beleza e de tanto veres em mim e tudo sem
isso e fama
Que o chão racha entre nós sem cavar muito
Um abismo!
Trocamos os beijos
Tocamos as mãos
E rolamos como bolas de jogos diferentes
Cada um para o seu lado universal…
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