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Na proa da alma
Embatem ondas de luz
(Tempestade de sol outonal)
No paraíso que se fez hoje
O sagrado banha o banal.
Navego dia dentro
Num pacifismo drogado
Veja a beleza sinuosa esgueirando-se
Atrás do futuro
Atrás do passado
Agarro tudo ao nada querer
Beijo
O novo dia a nascer.
E adormeço na tarde de um muro
Onde me sonho eterno viajante
De mochila calções e bibe
Vou dentro de um comboio
Com a vida a fazer-me companhia
Conta-me uma lengalenga aborrecida
“Será sempre presente
Até envelheceres
Até morreres
E voltares a nascer
…
Para voltar a morrer
E nascer
E morrer
E nascer
E morrer…”
E conta-me que “Só se vive uma vez.”
Convido-a, sereno,
A sair na próxima paragem.
Ela diz-me que não pode sair sem mim
e só resta uma estação.
24 de nov. de 2011
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