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Sob o ouro do Outono
Vejo que a minha vida
é uma sombra esticada a lamber o chão.
(Persegue a própria perseguição)
Estou cansado de me remoer.
Corro
Até que o destino me olhe cansado
ofegante como um cão
desde o fundo da rua.
Paro.
Recupero fôlego nas sombras frias de pedra
onde se dilui a razão
(Na outra margem acena-me a paz – nua.)
Sinto-me.
Eu. Sou só eu outra vez.
A vida seguiu a sua vida.
Ainda assim.
Não me sossego
e dentro busco como cego
minha porta da saída.
Porta de entrada
no meu sonho intangível
de existir por entre as coisas
na quietude do invisível.
26 de nov. de 2011
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