15 de nov. de 2010

Deus Sex Macinha - rascunho II

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Já não se pode ir a um sítio público, um bar ou um restaurante, sem que um eremita maluco, descido da montanha ou do poleiro de um galinheiro, me venha foder a cabeça com essa coisa de deus vir à terra. A culpa é deste Jacob Stratham, cujo nome profético e talento para a escrita sensacionalista, fez disparar o fenómeno, convertendo-se à mística desses naturalistas peludos que deixam o suor do cu nas cadeiras de plástico antes de serem expulsos das esplanadas.

Sempre gostei de teorias da conspiração. Por várias razões. Nasci praticamente a ver televisão (é provável que me tenham mudado as fraldas no intervalo das telenovelas), leio muitas revistas e folheio jornais… sempre que me parece haver teia, vou logo à procura das aranhas! Depois, porque as teorias conspirativas se baseiam em cálculos matemáticos relativamente simples a que basta juntar alguma criatividade ou ovos e farinha para o mélange dar em bolo. Por outras palavras, pode explicar-se a guerra no Iraque a partir de um pinanço fortuito em Times Square, uma esporradela filmada em Central Park, à sombra de uma árvore de folha caduca ou no banco traseiro de um carro japonês.



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