Vou contar-vos, à minha maneira, uma história horrível. Tantos filmes ma contaram de maneira diferente, tantas canções, e um livro de filosofia dos tempos de liceu. Tomai, portanto, esta missiva como um plágio adaptado às lições que a vida me deu…
A vida cansa, - a sério! – Uma pessoa levanta-se de manhã, a fazer de conta que corre atrás de um sonho, faz via-sacra pelo destino, chega ao trabalho e está lá um pesadelo que acordou maldisposto…
Com o passar do tempo, a consciência rejeita-se a adiamentos e ataca onde mais dói. Bate nas têmporas como um coração que não pára de ladrar a noite inteira. Calçam-se os chinelos de quarto e vem-se à cozinha abrir-lhe a porta, fumar um cigarro.
As horas de sono escasseiam, o tempo discorre naturalmente e o relógio aponta à luz da manhã como um carro de polícia num beco sem saída. Quer-se mergulhar de novo em sono profundo mas, vai-se a ver, e os sonhos são publicitários: - carro, renda, dinheiro para as contas do bar; casamento, casa própria, carro familiar, roupa nova para os miúdos; liceu, universidade. Vem pelo meio uma depressão e depois cunhas na repartição…
…e o tempo passou!
Pelo caminho finaram-se veios de tesão, adiados para venturas maiores. Ah! Mas negai essa falsa volúpia. Perderam-se almas grandiosas por adiamento, em copos e partidas de cartas e, hoje, mijando pelas pernas abaixo, sepultados vivos nos lares, se dirigem aos netos com o maior descaramento do mundo: - “se eu tivesse a tua idade…”
Acreditai em mim quando vos digo: - “SEREIS AMADOS POR DEUS E PELO DIABO ENQUANTO VOS DURAR A FOGUEIRA DA MOCIDADE! E TUDO VOS É POSSÍVEL!”
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26 de nov. de 2009
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