Acordai,
Que ainda sois jovens!
Bem sabeis que o tempo passa
E não há velhice de mel nos olhos
Para quem se adiou aos encontros.
Enoja-me o vosso peito a tinir de medo,
As conas secas e as pilas murchas!
Ide embora!
Comprai uma caixa de pau-santo
E metei-vos lá dentro para que nunca vos toquem!
Ou então arrependei-vos
E bebei comigo um trago de honra
Pelo tesão que vos gerou!
Ainda é possível desfazer o mal, -
O vosso mal!
Renegai o mundo que vos querem vender.
Renegai-o! – digo-vos eu!
Tendes beleza,
Tendes talento e terreno de pele que baste
Para inventar um museu de memórias
Na própria carne.
O vosso peito é tenro – eu sei-o!
Não espereis mais um quarto de século
Para o ofertar a um calor de mãos.
O sentido da vida é a morte!
É melhor que o saibam por mim!
Tirai essas mãos sujas dos bolsos
E dançai. E roçai
E devolvei a Bruxelas essa educação que vos obrigou a cobrir o corpo…
Como se a vontade de fazer amor fosse pecado!
Inventai comigo, outra vez, o amor.
Tomai-vos,
E comei-vos!
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15 de out. de 2009
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2 comentários:
http://www.youtube.com/watch?v=WdTYcnUBADw&feature=fvst
Grandioso!!
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