17 de set. de 2009

Carta aberta ao Bebé Delícia

Nunca antes tinha pensado na adopção...

Com este post, o menino fez-me reviver uma infância que eu julgava perdida, muito por culpa de uma orfandade que me atirou cedo para a fábrica de sapatos. Uma infância com meninas que gostavam de brincar às casinhas em cabanas com pilares e cheiro de eucalipto. Uma infância feliz e poligâmica cimentada em camas de giesta. Uma infância em que eu mostrava a pila às meninas, e elas, ainda sem pelugem de mocho, baixavam as cuequinhas até aos joelhos e deixavam-se inspeccionar.

Se, por traquinices do destino, os seus pais adoptivos o voltarem a pôr na cesta e o deixarem à porta de um orfanato, saiba-se avalizado para merecer os meus cuidados paternos. Conheço umas garotas sensíveis com parzorros leitosos, dos quais poderíamos sorver os dois.

Pense bem, menino, e não hesite em contactar-me!

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