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Batei a todas as portas
Roubai-me às horas mortas,
O virtual é um mundinho pequeno
E lá fora o teatro é terreno.
Vou travar os vossos intentos
E estancar como o ir dos jumentos.
Mas vendei o que eu tiver para dizer,
O breu de fora vale mais que o meu querer.
Ainda que eu jure com força
Ou quiser salvar alguém da forca,
Os macacos no sótão podem esperar
Por mais um dia sem comida eu lhes levar.
Eu vou trincar o vidro das garrafas
Querendo abrir um postigo às girafas…
Vou exigir compor um mal preciso
E inventar um vão maior que o prejuízo.
“As nuvens parecem-me estranhas
E assobiam as minhas entranhas…
Não tarda nada e vai começar a chover,
Ide embora! Caiu-me mal o comer…”
Mas por mais que eu vos convença
De uma chamada a vir de Olivença…
Às malvas o fazer do meu pensar
Quem está, está! E quem não está, foi passear!
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18 de jun. de 2009
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Um comentário:
Como é costume por estas andanças e por caminhos percorridos e viagens e delírios meus quando te leio, aqui está mais uma grande escrita, grande composição, um terreno lavrado ao mais alto nível...
A quadra entre aspas faz-me sempre lembrar outra grande rima do povo português, mais precisamente do povo alentejano a dirigir-se a um ministro pertencente ao estado novo. E era assim: "Dai-nos merda sr. Soisa,/ Não queremos outra coisa"... Como é apanágio dos portugueses, principalmente dos governantes, andam sempre com anos de atraso, logo estão a fazê-la chegar somente agora. Tenho a completa certeza que o que o povo necessita é tudo menos essa merda pela qual lavrava odes em tempos passados. Mesmo ás pessoas tem que ser exigido que acordem de todo o marasmo existente nelas!
Como dizem os grandes Moonspell:
"Awake... for all is dying, even the dead
we are our past failing to come back
all of us visionaires
with a rope around our neck"
AORDEM, DESPERTEM!!!
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