10 de mai. de 2008

Manifesto

Estou farto que me digam que eu não vou mudar o mundo! Porque eu não o pretendo mudar. Quero só canalizar um pouco mais de vinho e menos filhos-da-puta para os meus lados. Quando ouço falar da crise dos mercados, da economia e dos cereais, arrepiam-se-me os pêlos do cu. Estes gajos mudaram o mundo a seu bel-prazer, fizeram merda atrás de merda, encheram os bolsos com indemnizações chorudas e ala moleiro que me vou para onde o sol brilha. Dizem adeus ao mundo badalhoco, que nunca se iria emporcalhar com as suas fábricas virtuosas de emprego, e agora bebam a água do esgoto ou comprem-na aos bidões. E adieu para a ilha dos amores estufar sereias…



3 comentários:

Pinheirinha disse...

Sim, por um lado ainda bem que há pessoas como tu que não querem mudar o mundo, porque com esse espírito relamente o mundo não ia longe, loool. Por outro, de manifestos está o mundo cheio, a toda a hora é ouvi-los em todas as esquinas e cantos deste mundo, neste mundo que pessoas como tu não querem mudar, mas que depois passam a vida a cortar ( e faz bem o teu estilo, deves andar sempre de cutelo na mão ) na casaca do mundo. Coitado do mundo... já não chegava andar pelas ruas da amargura que ainda agora tem de andar quase despido...

Menino de Talho disse...

Anda despido? Pois então devia andar nu! Inventamos a roupa porque ganhamos vergonha de nós próprios.
Quanto ao manifesto e à abundância deles, prefiro escrevê-los a perder tempo com listas. Se vós, mulheres, perdessem menos tempo a fazê-las e escrevessem mais manifestos; se, de cada vez que dois homens falam de política, vocês participassem com uma opinião em vez de nos mandar calar; talvez merecêssem os lugares na política que tanto reclamam.
Ah pois ando de cutelo na mão! É bom que esses fdp que nos desgovernam saiba que eu não nego a minha parte animal. Pelo contrário, dou-lhe é mais calor. Bem sei que eles me fodem a vida e nos dispõem ao bel-prazer das suas sodomias sociais. Sei que eles me fodem e quero que eles saibam que eu sei disso e não gosto nada. Fodem, mas fodem mal. Não poderia ser político. Estou comprometido com a verdade e não sou de engolir sapos sem dizer o que penso. Quanto muito ponho-os a fumar...
Percebeu, menina?

Anônimo disse...

Por onde começarias? O primeiro canto dessa tão elevada epopeia trataria de quê e de quem?